quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Oportunidades

Ontem perdi a oportunidade de colher um abraço seu. Já estava longe quando me dei conta. Momentos aparecem e a minha reação imediata é congelar, fugir - quase nunca ficar e lutar.

que poderia ter dado esse passo rumo ... à normalidade? à naturalidade? à vida? ...
Tinha que? O que é normal né... #normosefeelings

O que esperar de uma vestal hoje em dia? Os relacionamentos pós-sacerdócio são bem mais tolerados, desde que estejam na caixinha do "normal": ele alto, ela baixa, mais jovem que ele, ganhando menos e  outras bobagens do gênero tão entranhadas no meu/nosso olhar... aff.


Me parece que algo essencial para mim é que eu admire o outro, o teu mensageiro. E quando acontece me acho indigna e tal, não me permitindo curtir e aceitar a escolha do outro de estar comigo. Revisitando minhas memórias vi... oportunidades dessas, que com o meu olhar de hoje vislumbra possibilidade, mas o da época não estava preparado para lidar. Então aceitei a minha decisão como o melhor que eu pude fazer, inferindo que se reunisse coragem para as antigas oportunidades permaneceria prisioneira de uma culpa que racionalmente sei (hoje) ser tola, mas esta lá, presente a cada momento perdido.


Uma aquisição gratificante de 2015? A noção de que "Eu não sou obrigada". Trabalhando nisso, mas por hora o desejo para 2016 é "Vamos nos permitir!".

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Novgorod

Soterradas na cidade russa fundada no sec. IX, cascas de bétula revelam o cotidiano de um povo que já se articulava como uma república, onde mulheres e crianças se valiam da escrita no seu dia-a-dia, por que não? Só por que estavam no séc. XII, XIII?

Se elas podiam, por que não eu me despir das cascas velhas para dar origem a outras não é mesmo?

Inscrições em casca de árvore resgatam Rússia medieval

terça-feira, 11 de agosto de 2015

A coisa mais legal dos últimos tempos

A coisa mais legal dos últimos tempos: um amigo do colégio reiterando uma piada minha e um amigo de faculdade soltando um “Senti falta disso” depois duma fala minha. São feedbacks que me devolvem a identidade, eu que achava ter virado outra pessoa depois das minhas epifanias. E além disso: será que o meu dom é o humor?

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Pretinho básico²

Fico impressionada como a perspectiva de um encontro com você - e como pode, EU falando de "encontro" de forma tão imediata? Sem eufemismos negativos? - pôde me mobilizar tanto.  A ponto de usar vestido, pintar o rosto, gastar uma sessão inteira de psicanálise com esse tema.
Me oferecem um drink. Só podia ser um devaneio. Enfim. Respiro fundo, aceito, sorrio. Preciso praticar. Aceitar as gentilezas, por que não?
Fabio Rocco ao violão, eu berrando as músicas junto. Que delícia ficar próximo ao cantor, sem ter que observar as mulheres  - na minha cabeça mais femininas, mais belas e ágeis - dançando a minha frente, esfregando na minha cara todos os tipos de defeitos que eu me imponho. Aproveitando a noite com um grupo de amigos disposto a dançar, ainda que seja estranho.

Então Yarilo? Aqui estou, de VESTIDO, ainda que preto, ainda que básico. Álcool na lata!

Teu mensageiro acabou em outro vestido, de certa forma maior, de outra menor. Era longo aquele, mas ainda não tenho coragem de usar algo semelhante. Também, o que eu faria com teu mensageiro? Certamente não conseguiria aproveitar. Metade da noite passei sorrindo ao ver o clichê da loirinha e o negão, virar as costas e dançar com os melhores amigos de balada recém conhecidos - apesar do desconforto d'a maioria estar em pares.

E não foi a coluna que reclamou na manhã seguinte, foram as solas dos pés. A  vida sempre surpreendendo.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Hein?

Descobri que tem nome, tudo que que nós vivemos e você não: Devaneios Românticos.

Mas Yarilo sabe, e manda, eventualmente, seus mensageiros para alimenta-los. Vamos a alguns desses episódios, pelo menos aqueles que eu ouso concretizar ao escrever.